terça-feira, 24 de novembro de 2009

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Esquadrão anti maus-tratos em SP!

06/05/09

Entidade independente é formada por profissionais liberais de várias áreas.

Lei municipal que regulamenta criação e venda é principal arma.

Esquadrão Pet fiscaliza e protege animais em SP

Claudia SilveiraDo G1, em São Paulo

A força de combate aos maus-tratos aos animais em São Paulo ganhou um novo aliado, é o

Esquadrão Pet. Na linha de frente estão a professora de educação física Izolina Ribeiro, de 51

anos, e a publicitária Roberta Palmari, de 44. No batalhão da dupla há uma legião de

colaboradores, entre eles, veterinário, tradutor, advogado e até farmacêutico, além dos

protetores que recolhem animais da rua. A principal arma da dupla é a lei municipal 14.483,

sancionada em julho de 2007 e que regulamenta a criação e a venda no varejo de cães e gatos

na capital paulista.

“A gente queria um nome forte, até porque a nossa atuação é diferenciada. Nossa posição

política é a de defesa e proteção dos animais. Nós buscamos técnicas e estratégias de

conscientizaçã o e a visibilidade das leis que os protegem” diz Izolina, que tem quatro gatos de

estimação em casa e três cachorros “protegidos”, ou seja, recolhidos da rua à espera de

adoção.

Assim, a dupla se mantém sempre alerta, fiscaliza irregularidades, denuncia maus-tratos e

pega no pé de quem erra a mão em campanhas publicitárias envolvendo animais ou transforma

cães ou gatos em brindes para serem sorteados. Grande parte das denúncias vem de outros

protetores de animais espalhados pelo estado e pelo Brasil, que integram uma rede que troca

informações constantemente pela internet.

“Tem muitas frentes para atacar. Nós mesmas buscamos as informações, fazemos as denúncias

e cobramos que as mudanças sejam feitas”, diz Roberta, que tem seis cachorros de estimação

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SOAMA - Sociedade Amigos dos Animais 19/11/09 19:30

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e cobramos que as mudanças sejam feitas”, diz Roberta, que tem seis cachorros de estimação

e mais cinco “protegidos”.

É guerra

No histórico de vitórias conquistadas pelo Esquadrão Pet e seus colaboradores, Roberta e Izolina

comemoram a mudança em uma campanha publicitária – onde um cachorro era deixado para

trás pela família – e o cancelamento de sorteios de filhotes. Nesses casos, os combatentes

contam com a conscientizaçã o dos responsáveis pelo anúncio ou evento, que voltam atrás, e

com a ajuda de Marco Antonio de Nápoli, consultor para assuntos corporativos e de marketing.

O comércio de animais em pet shops também é alvo. Segundo a lei 14.483, os canis e gatis de

São Paulo somente podem comercializar, permutar ou doar animais microchipados e

esterilizados. Se é desses canis e gatis que os animais deveriam vir, as pet shops deveriam,

então, vender os animais com microchip de identificação e castrados.

“Muitas pet shops insistem em não adotar a lei. Nós acreditamos que, à medida que essa lei for

mais divulgada, ela será mais respeitada”, diz Izolina. Ainda de acordo com a legislação, os

animais à venda devem ter, ao menos, 60 dias de vida, e o novo dono deve sair do

estabelecimento com comprovantes de castração, vacinação, vermifugação e um manual

detalhado sobre a raça, hábitos, porte na idade adulta e cuidados básicos, entre outras

informações.

Os combatentes e aliados do Esquadrão Pet acompanham também o surgimento de novos

produtos e medicamentos, como o esterilizante químico para animais. Com a ajuda de uma

farmacêutica, da veterinária Amélia Margarido e da tradutora Jaciara Zanuttin, a entidade

comparece a reuniões sobre o produto, compara a fórmula entre diferentes esterilizantes, lê

materiais sobre o assunto e pede constantes explicações sobre dosagem e efeitos colaterais.

“A gente não entra no raso, a gente mergulha fundo mesmo. Temos, por exemplo, uma relação

de medicamentos veterinários que são proibidos, mas que continuam sendo comercializados no

Brasil”, conta Roberta.

Paz

Apesar da tática de guerra, o discurso da dupla está mais para indignação que para

agressividade. Assim, o Esquadrão Pet pretende ser um replicador de protetores em que o

objetivo é mostrar às pessoas o que diz a lei para que elas possam fazer denúncias ao poder

público por conta própria e com autonomia, além de persuadir vereadores a criarem projetos

de lei semelhante em outras cidades.

“Nossa proposta fundamental não é tirar cão e gato da rua, porque se só existir esse tipo de

proteção animal, a gente não vai avançar em nada. O que nós buscamos é a criação de leis que

mudem a situação de animais abandonados sem castração, por exemplo. A gente sabe que não

vai mudar agora, mas podemos notar alguma diferença na próxima geração”, finaliza Roberta.

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