quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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Polícia Rodoviária acaba com rinhas de galo em João Pessoa
       24/11/09
Notícia do site UOL

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) realizou duas operações de forma simultânea, na noite desse sábado (21), nos Estados de Alagoas e Paraíba para acabar com rinhas de galos. Ao todo 180 policiais participaram das ações, que resulturam em 123 presos e mais de 400 animais apreendidos. 

No bairro do Rangel, em João Pessoa, a PRF deflagrou a Operação Gladiadores 2, com apoio da Polícia Ambiental e técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais). Lá, a polícia encontrou 23 galos de briga e várias gaiolas com selo de embarques aéreos provenientes do Rio de Janeiro, de onde os galos teriam vindo para a disputa.

Segundo as investigações da PRF, a disputa na Paraíba durante o fim de semana se tratava de um campeonato nacional com a participação de pessoas de vários Estados do Brasil e até mesmo de países como Argentina e Uruguai. A disputa envolveria grande quantidade de dinheiro, já que o vencedor do evento deveria ganhar um carro 0 km. O local onde acontecia a briga possuía estrutura de luxo, segundo a PRF, com direito a ar-condicionado central.

Apesar de encontrar os galos e a arena montada, a polícia não conseguiu prender nenhuma pessoa durante a operação. A PRF acredita que a informação da operação "vazou" instantes antes da chegada dos agentes, já que, um no dia anterior, toda movimentação chegou a ser filmada. A polícia vai continuar com as investigações para identificar os acusados.

A rinha acontecia em um local já interditado pela Justiça Federal e onde, em agosto de 2008, 47 pessoas foram presas durante a primeira versão da Operação Gladiadores. Na ocasião, um juiz, advogados e policiais participavam da prática e foram detidos por prática de maus tratos aos animais.

Prisões em Alagoas
Em Alagoas, a PRF deflagrou Operação Uirapuru, que aconteceu nos municípios de Maceió, Santa Luzia do Norte e Satuba. Os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Após um ano e três meses de investigações em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal) e Ibama, a PRF conseguiu traçar um mapa das rinhas de galo no Estado e encontrou todos os locais em funcionamento na noite desse sábado. Ao todo, 381 animais foram apreendidos e 123 pessoas foram presas acusadas de envolvimento nas brigas de galo. 

Além das prisões e apreensões de animais, crianças também foram encontradas em uma rinha, no bairro do Vergel do Lago, em Maceió. "Nesse local a cena era ainda mais preocupante, pois crianças presenciavam toda a carnificina do evento, e ainda eram usadas como vigias. Elas avisavam caso a polícia aparecesse", informou o inspetor Jéfferson Santos, da PRF. 

As crianças foram encaminhadas para o Conselho Tutelar do bairro. No local também foram apreendidos um revólver e uma espingarda. Os demais detidos foram encaminhados às três delegacias de plantão da Polícia Civil em Maceió e devem responder por maus tratos a animais. Se condenados, os acusados podem pegar até um ano de cadeia. 

As investigações da PRF apontam que as brigas de galo são uma fonte de renda fácil dos donos das rinhas. "Quem não participava com os animais, apostava nos vencedores dos embates. Os proprietários arrecadavam com os ingressos, que custavam de R$ 3 a R$ 5, e ainda com comissões nas lutas. Alguns galos valiam em torno de R$ 5.000", disse Santos.

Ainda segundo o inspetor, as aves recolhidas foram encaminhadas à sede do Ibama em Maceió e, após exames veterinários, devem ser sacrificadas. "Por serem criadas apenas para combate, as mesmas não tem convívio, além de ficarem impróprias para o consumo devido ao uso de anabolizantes e outros medicamentos proibidos", disse o inspetor. 
 

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