terça-feira, 24 de novembro de 2009

Protesto em SP contra crueldade e descumprimento de Lei estadual no CCZ
       01/05/09
Do site Globo.com

Entidades de direitos dos animais e ativistas realizam nesta quarta-feira (29), em São Paulo, protesto contra as mudanças impostas pela nova direção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). (Foto: Ernesto Rodrigues/AE)

Pressionada por cerca de mil manifestantes que realizaram protesto entre as 13h e as 16h desta quarta-feira (29) para reivindicar mudanças no Centro de Controle de Zoonoses, em Santana, na Zona Norte, a coordenadora do programa de proteção e bem estar de cães e gatos da Prefeitura de São Paulo, Rita de Cássia Maria Garcia, disse nesta quarta-feira (29) que o município terá um centro de adoção a partir de 2010. Ela também se comprometeu a permitir que as ONGs ajudem no trato dos animais.

Os manifestantes reclamam contra a eutanásia de animais saudáveis, prática que de acordo com eles contraria lei estadual aprovada em 2008. Rita admitiu que a prefeitura ainda não teve tempo de se adequar à nova lei. De acordo com ela são sacrificados apenas os animais doentes, em condição terminal.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), cerca de mil manifestantes ocupavam, por volta das 13h10, parte da Rua Santa Eulália, no Bairro de Santana. Eles estavam deitados na via, que ficou totalmente ocupada no sentido bairro, próximo à Santos Dumont.

A Polícia Militar não soube informar quantas pessoas estavam no local, mas disse que o movimento era pacífico e que não havia registro de incidentes. 

Entre as reclamações dos manifestantes com relação à administração do centro estão: a dificuldade no processo de doação de cães de grande porte, mesmo dóceis; a proibição de fotografar cães com a finalidade de divulgação para doações; a proibição de que entidades e protetores cadastrados retirem os animais do local para levá-los a eventos de adoção durante os finais de semana; a proibição de que os animais tomem banho, que seriam pagos por simpatizantes. Eles pedem a substituição da atual administração.

"Em nossa reunião, conversamos muito sobre essas ações e acho que em três ou quatro semanas poderemos nos falar", disse Rita.

Parceria

A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) defendeu, através de nota, seu Programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos de São Paulo e a responsável pelo CCZ. Ressaltou o interesse em fazer parcerias com "entidades de proteção animal, ONG´s (organizações não-governamentais), organizações governamentais, universidades, empresas públicas e privadas, entidades nacionais e internacionais e veterinários voluntários".

A Covisa informou que está sendo produzida uma campanha para incentivar a posse responsável e a adoção que será veiculada em rádio e TV. Além disso, informou que o "CZZ realiza a Feira de Adoção, cujo objetivo principal, é estimular a posse responsável. A próxima a ser realizada será no dia 9 de maio. Interessados devem comparecer com RG, CPF e comprovante de residência". 

Cerca de mil defensores dos direitos animais, segundo levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), protestaram hoje (29/04) em frente ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo contra
a atual direção do órgão. A manifestação que começou às 13h ocupou grande parte da Rua Santa Eulália, no Bairro de Santana, zona norte da capital.

De forma pacífica, os ativistas pediam com faixas, cartazes e palavras de ordem, a saída do diretor Marco Antonio Vigilato. As ONGs acusam o CCZ de maus-tratos e de descumprir a lei estadual
que proíbe o extermínio de cães e gatos sadios. 

A lei estadual nº. 12.916, de 2008, proíbe a “eliminação da vida” de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses e canis públicos, com exceção da eutanásia, que é permitida em casos de doenças graves
ou infectocontagiosas incuráveis. A lei ainda prevê incentivos a programas de adoção de animais, controle reprodutivo e campanhas educacionais para a população.
De acordo com os manifestantes, o atual diretor criou muitas dificuldades no processo de doação de cães de grande porte, mesmo os dóceis; proibiu que entidades e protetores cadastrados retirassem
os animais do local para levá-los a eventos de adoção durante os finais de semana; proibiu que os animais fossem fotografados com o objetivo de divulgação para doações; impediu, inclusive, que os animais tomassem banho (que seriam pagos por protetores).


Segundo Carlos Rosolen, diretor do Projeto Esperança Animal (PEA), “a prefeitura de São Paulo mata 95% dos animais recolhidos das ruas, sendo que a grande maioria é sadia”.
“Os programas que estavam dando resultados foram cancelados na atual administração e o centro está descumprindo a legislação”, completa.
Por volta das 14h, uma comissão formada pelos parlamentares Feliciano Filho, Roberto Trípoli e Júlio Oliveira; por representantes de ONGs, Nina Rosa (INR), Sônia Fonseca (Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal)
Luiz Scalea (Apasfa), Carlos Rosolen (PEA) e pelas jornalistas Silvana Andrade (ANDA) e Bárbara Gancia (FSP e Band News) se reuniu com o diretor do CCZ Marco Antonio Vigilato e Rita Garcia, atual coordenadora de
bem-estar animal da Covisa, para cobrar providências da atual gestão do órgão.
A comissão pediu que Vigilato apresentasse um cronograma, com início imediato, de implantação de condições dignas de abrigo e cuidados para com os animais e, também, a reativação do trabalho das ONGs dentro do CCZ.
Ao responder de maneira evasiva, tangenciando o foco da questão, Vigilato provocou revolta entre os participantes da reunião, que em sinal de protesto se retiraram.
Segundo os protetores, as possibilidades de negociação com Vigilato foram encerradas. Eles acreditam que apenas com a saída dele do CCZ a situação possa ser resolvida. A próxima manifestação, ainda sem data,
será realizada em frente ao prédio da prefeitura de São Paulo.
Fotos: Fernanda Franco (ANDA)

Imagens:

http://www.anda.jor.br/noticiaDetalhe.php?idNoticia=3226

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